sábado, 30 de julho de 2011

Força

Essa força afirmada que
Venha esse ser ter,
Fora consumida com furor
E entrega ao longo dos
Grandiosos dias de batalhas.
Batalhas em uma busca vista
Agora como invalida.
Não por uma derrota/perca
Do que não se tem, mas do que
A poesia representada em vida,
Não representa nada.
A não ser o contexto de palavras
Rasgadas ao sair de boca.
Viagens de uma porta
Aberta sem descrição.
Invasão magnífica do aprender
Entender o não compreendido
Pela percepção destruída sem laços.
A deixa absurda do caminho
Percorrido de descobertas
E mudanças de fases.
Fraco esvaído de um poder
Que não se perde,
Mas que se projeta contra
A mesma porta que agora
Encostada na cara está.
Sem a chave que ainda 

Permanece em tuas mãos, 
Não resta nada, 
Até que feche e a jogue...
Ou abra totalmente.
Lágrimas descem ao gosto de fel,
Veneno da própria tormenta 

levado as ruínas.
Desespero que predomina o coração.
Medo do que não está gravado em papel,
Mas de tudo que está no ar.
E o que é esse tudo que se torna tão
Agravante ao ser pequeno que sou.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Incertezas

Mata angustia com outras, 
Se livra de forma errônea 
Do que não lhe é necessário.
Converte duvidas em certezas 
Com paciência nunca 
Presenciado previamente.
Transformações geradas ao 
Acaso com o revelar 
Segredos d'outros e de si. 
Visões hora considerável boas, 
Hora assustadoras.
No relâmpago acende idéias 
Que renuncia usar, mas é preciso 
Omitir aos olhos de fogo.
Figuras abstratas encenando 
Realidade com pudor etéreo.
"Mundo de duvidas cruéis e invalidas." 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Lua (2)

A lua encontrasse bela
Como todo sempre,
Mas hoje algo nela atrai-me
Docemente com seu sorriso.
Sorriso que me aguarda.
Eu a ela quero estar petrificado
Sedento veementemente em prazer.

(Mais um trago de preto gelado
E volta)...

Ela pensa em esconder-se,
Mas pouco foge aos olhos.
Voltando a cada instante,
Para os braços errantes.

Levasse tempo para conquistar
Sua confiança com todo merecer.
Se faz pensando em conjunto
Razão/emoção seguirá com dedicação.
Infinita são lições da vida,
Essa permite a todos vencer.

Lutas e lutas infindáveis contra
Próprios demónios, se é que os tem.
Embriagues ou sobriedade
Já não esconde fatos.
Encará-los de frente é fardo,
Mas não pesado e necessário.

O permitido estas em mãos
Liberta da cruel enganação.
Enganação do que vaga,
Enganando a si, como fosse
Normal situação ocorrida.

Sentidos apostos ao
Que acontece por acontecer.
Já tantas vezes repetidas,
Ouça quantas vezes necessárias.
Tudo acontece por que tem de ser.
23-07-2011

O poeta grita

Sou poeta que grita
Entre milhões de vozes,
O seu nome da porta à chamar...
Repito a todo amanhecer
Até outro e outro de novo.
Confesso estar abismado
Com todos fatos...
E a seqüência que ocorrem.
Tento me fazer de igual.
Aliviar do fardo
Qualquer que carregue,
Pesar em outros até
Reconhecer quanto suporta.
Serão duas partes frágeis
Em mesma situação.

Difícil

Perco-me numa confusão inevitável,
Despedaço mundos paralelos em incertezas.
Afogo-me nas alegres momentaneidades
Que o tudo pode oferecer-me repleto de restrições.
Ponho-me a risco de fogo cogitando soluções vagas.
Raiva no que sente, porque sente o fato de não
Passar meramente de sonho ao acaso.
Egoísta sendo um, sendo dois, todos tem um pouco.
Devesse levar conta de que alguém à de saborear
Sofrer de horas percorridas em batalhas para final de nada.
Cingisse da verdade e viva por uma grande liberdade,
Falsa prisão agonizada em conhecimento.

Tapas...

Sinto na culpa de minhas intrigas,
Vontade de me bater.
Tapas na cara de minha ignorância
Que já não sabe o que fazer.
Traços de leviandade levados
A serio com furor.
Se derrubo goela abaixo
Algumas palavras, perdoem-me,
Pois vai além de vossa concepção
Sem desmerecimento.
Quando escuta um nada,
Tem na certeza haver qualquer coisa.
Entregue a troca de gritos diretos,
Que presos a preceitos, encontram-se.
Vontade de me bater com força,
Tapa na face de minha santa ignorância.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O ser egoísta

Vivo ao meio de minhas aberrações.
Horrorizado com minhas próprias criações,
Das quais nem me dou conta de as ter criado.
Criações que servem somente para satisfazer
Esse meu ego egoísta e incapaz de ser...
Ser...
Ser...
Porque tantas perguntas e ainda continuo a perguntar.
Não seria melhor apenas ir, vir, voltar e continuar.
Tom de interrogação, sem afirmação,
Sem negação ou pergunta real.
Palavras nem sempre são só palavras...
E a quem o diga que nada existe,
Cegueira da visão que nos fere.
Palavra pura não compreendida, 
Estendes o braço a quem é alegria.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Deixe

Céus despedaçados no escuro profundo.
Lua que não se move, sol que persegue-a, 
Ao longe com clamor. 
Estados diversos de agonia se misturam.
O desespero outrora sentido já não é mesmo.
Move-se ao chão, estacas perfuram seu meio.
Em triste pranto calado fica. 
Sente dor da mascara que agora veste
Para encarar um outro lado esquecido.
Fingir que nada se passou e que tudo 
Não passou de um maldito sonho.
Caído está sem saber como se levantar,
Punhos estremecidos clamam ao fim chegar.
Acredita que nele nada terá, 
Esvaecido fica.
Não toque, não fale nada... 
Deixe a sua dor com ele, mais nada.

Brincar...

Vamos brincar de esquece?
Você me esquece,
Eu te esqueço.
Parece ser tão fácil 
Quando apenas se fala.
Vejamos como seria na pratica...


O evitar de conversas, de troca...
Troca de ideias, de olhares...
Atenção que não se desvia com pouco,
Mas que ao passo se aumenta.
Desejos que não são vão, 
Nem em vão.

Tudo soa como barulho de trovão 
Ao coração que não regula razão. 
Explode em gritos que de nada adianta.
E ainda ouço pergunta, 
Do que resolveria então?


Não sabe o que preciso?
Não sabe o que quero?
Porque pergunta tantas vezes?
O que quer que eu faça, 
Se nada tenho a fazer...
A não ser me entregar ao fim...
Já que nada adianta.


"Não me preocupo 
Se não sei porque..."
Unica certeza é ter você.

"Olho em volta de mim. Todos possuem
Um afecto, um sorriso ou um abraço.
Só para mim as ânsias se diluem
E não possuo mesmo quando enlaço."
Mário de Sá-Carneiro

Por mais uma vez digo... Preciso!

A que ponto me enlouqueço
Que mente não fica vazia sem a ter.
Procuro em retalhos de imagem
Satisfazer-se de presença inexistente.

Esqueço-me e desloco-me para
Beira precipício, que minha frente
Abriu-se longo profundo a dor.
Pouco a pouco dissipando minh'alma.

Giro meu espaço procurando
Acalmar bomba via de vida.
Tal se encontra aflita por longe estar.
Sentir ao menos sua pele serena tocar.

Percorrer seu corpo embevecido,
Aromas seus embriagar-me.
Leva-me de sorte ao paraíso.
A quanto desejo crucifico...

Seu ser tornou-se meu vicio,
Dependência clandestina.
Trago sua alma e injeto-me de ti,
Todos os dias mais uma dose...
Preciso...
Preciso de você!
Preciso...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Falo, falo sem parar...

Falo, falo sem parar...
Porque minha alma inquieta,
Alavanca-me com grande impulso,
Para o mais glorioso entender.
Me solto conduzido por sinais
Jamais sentidos.
Cenas de acontecimentos que não
Estrelam em filmes.
Veja ao que dispostos estão
Procurando uma solução cabível,
Mas quem se encarrega é o tempo.
Dono da verdade em que se rende.
Declino-me ao florescer da magia,
Em alegria surge cheia de vida.
Escolho os melhores dizeres para
Em seu belo coração fixar.
Falo, falo sem parar...
Falo porque em espera tenho pressa,
Esses ponteiros que não se movem
Enlouquecem-me...
Adianto-me na intenção de tão logo
Ter braços e mãos tocando os meus,
Línguas e lábios entrelaçando-se
Fazendo esquecer-se em corpo vibrante.
Falo, falo sem para...

domingo, 17 de julho de 2011

Apelo a lua

Lua gritante quando surge 
De longe me chama e sinto.
Sinto no pulsar de brilho 
A força que liga tão semelhantes.
Encontro em sua presença abrigo.
Força de espírito que mostra-me 
Caminho, caminho ao findar de angústias.
Aprendizado e incentivos a criação arte,
Infinita inspiração de todos voares. 
Para lua quero entregar todos meus segredos,
Descobrir juntos o que ainda está em oculto.
Não calarei boca, sempre direi...
Preciso de você!!!
Lua bela e formosa
Na sua sabedoria me embeveço. 
Preciso!
Preciso!
Preciso!

sábado, 16 de julho de 2011

Já desiste de tantas coisas, mas disso não posso nunca.

Não posso desistir do que acredito.
Luto com unhas e dentes mesmo que pareça impossível.
Não vou deixar que vá embora até convence-lá de que é...
É a lua que me faz existir, em fases diversas vou lhe sentir.
Perto ou longe como agora, não é apenas um querer.
Se a palavra amor leva tempo pra dizer, não é agora que vou morrer.
Penso que posso tentar evitar um sofrimento que alguém paga preço,
Mas o preço está em tudo a ser pago, não adianta se esconder.
Tento me calar de ante de ti, mas o que sinto me obriga a dizer.

"Bem no alto ou bem lá embaixo.
Quando você está muito apaixonado para esquecer.
Mas se você nunca tentar, nunca vai saber.
O quanto você vale."

Sentido vivo

Prefere acreditar no que convêm, 
Mas o coração desperta atenção.
Mostra com o tempo que 
Ninguém é feliz tendo amado 
Apenas uma vez e que tudo 
Escrito está para que aconteça.
Veja nas paredes manchadas
Desenhos mostrando caminhos.
Não se perca na insegurança...
A culpa dele, igual é do destino, 
Que de maneira tortuosa reside.
Levante-se para estar e abra 
Porta que encostada não pode mais.
Construção dogmática desenvolvida 
No que vivo encontra-se entre dois.
É tempo de um novo despertar,
No meio do caminho não pode ficar.
Faça o que for preciso...
Uma força desconhecida verá 
Quando olhar na direção que à aguarda.
 

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Segue por pensar

Criaturas que o habitam. 
Vozes que não findam. 
Gritos que não se escutam. 
Gemidos que sente ao todo.
Forças esvaecidas. 
Momentos de contentamento 
Descontente pairando sobre gente.
Não há como negar o desespero. 
Sepulcro da língua em mesmo repertório,
Argumentos disparados com Browning . 50
Que nada aparenta atingir.
Em máximo atrai algum sorriso, 
Mas não é só disso preciso.
Duvidas no semblante não quer ver.
Afinal culpa quem tem por ser assim?
E como lutar sem ser inconveniente?
A cada dia se corre um novo risco...
   
  

Ponto não existe, pois, um mundo tenho a dominar "S"

Momento em que sente na mente vazia
Exprime o mau que não se acumula 
Aumenta sem ter lugar a perpetuar
Prazeres da injusta falha que seu 
Desejo invalido de fim nunca assumirá 
Primogênito da mentira oferta que consumida
Está desde de hora que seu jarro fora derramado 
A troca do que não sabe feita está 
Levante sua face e não olhe para trás
Cálice da bebida seus lábios estão a tocar
Gosto de fel sente para tarde que enfim chega
Desfrutar daquilo que não podes negar
Viva a sagrada instituição que finaliza 
Transformação que necessária se faz
Sem pontos você cala e me deixa falar
Ao que meu altar tomo posso em dia passar
Aqui registrando por suas condições que 
Em domínio major sempre ficará 
E do seu meu ser estará 
Agarrado pelas entranhas 
Deixe-me de suas provisões cuidar
Nada que se pensa não poder 
A partir desse tempo entregue a ti está  

Sem poder reavaliar... Nada pode ser reescrito, apenas continuar...

Duvidas do rito que diz já ter iniciado.
Segue carregando sobre ombros 
Mentiras que deixam estar em lugar qualquer.
Embaraçando o que haverá de ser concretizado,
Sem saber qual forma terá.
Única certeza que resta, morte no rito lutar.
Entregue está oferenda ao mestre, 
De nada mais precisa se não em paciência
Espera maldita aguardar pelo que sará alma.
Planos dele não sabe nunca antes de revelado estar.
Ponto em ponto, uma linha direta cria na angustia
Da percebida imaginação que vai onde quer.
Sabe chegar onde não foi, onde está?
No momento em que o para, não há como parar!
A fome que cerca é do fim único que seu pacto 
Hoje tem em olhos paralisados a visão mostrar.
Diga-se sem saber a própria decisão levará
Onde seu qualquer saber de nada vale.
Escolhas feitas ao ceder a desgraça que carrega.
Nada diz sem que ele o quer falar pela carne possuída,
Manipulada pela consequente realização já apurada.
Agora apenas pede que se cala e em improbo ficará.
Cala-te!
       

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Espero o tempo passar,
Vejo se diluir em minhas mãos.
Persisto no que acredito 
Lutando por tudo que preciso.
Nunca estive tão certo disso,
Quanto o estou nesse momento.
Não tenho intenção de destruir
Seu mundo, mas quero você 
Fazendo parte do meu.
E eu serei seu solido alicerce,
Não a deixarei jamais ao chão.
Pois você é o pilar das minhas
Grandes construções.
Edificar o templo juntos iremos 
Se você em mim confiar e  
Render-se em meu olhar.

Cerimônia

Espírito corrupto esquece-se de quem é.
Solto ao
caos da enfática monotonia
Acompanhando esse ser.
Sujeitado ao guia da ilusão ordinária,
Massacrado eternamente sem defesa.
Preso a uma sensação obscura de ódio e prazer.
Saboreia em negação, acusando
Existência rara de aberração.
Lindos lábios que pronunciam a
Descoberta da nobreza em demônio.
Transformando sua realidade,
Completando com sua sabedoria.
Afeição pela maldade que dentro está.
Em união a de se libertar da aflição,
Grande sacrifício necessário
Sem pressa espera.
Desenvolve suas habilidades em aguardo
Para que dia adiante aplique com provento.
Longa jornada já se passou até encontrar.
Estrela ébria, que o faz, sóbrio e sombrio.
Curva de linha que tamanha beleza,
Profundas cicatrizes oculta de si
Aquilo que a alma chora.
Devora própria carne de desejos.
Em altar coberto de fogo logo estará,
Vestida reluzente de negro.
A cerimônia vai começar!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Quem dirá que a escolha é viva,
Quem dirá qual a escolha a fazer.
E com o que se preocupar se tudo...
Se tudo que tem de acontecer, 
Apenas acontece.
A liberdade de viver e ser feliz
Da forma que se é, está nas mãos
De quem quer o que sabe que quer.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Inquietude da alma

Quando não busca encontra.
Encontra o querer em que agrada
E faz se sentir alguém.


Porém lúgubre é esse querer,
Por nada se poder ter.
Fica somente o inicio do que
A esperança tem a oferecer.


Morrendo ao pouco que se passa,
Fazendo somente com que angustia
Dessa alma cansada possa crescer.


Nos devaneios que se passam
Enruga a carne e atrofia confiança.
Ingrata crianças dos olhos
Em que em outros somente se vê.


Terrível destruição hipócrita
No viver amplo dos que falam
Sem ter nada a dizer.
Cego de uma inquietude que o cala.

Interminável construção de um sonho
Do qual não se pode ter.
Incompleto e tortuoso sentido
Ocorrem principados, em que revela o quão
Obscuro seu findar poderá ser.


Nada que trás algum sorriso e bela expressão
Tem a durabilidade que deseja.
Tudo é tão breve como o
Inicio e rasgar papel que nada vale.
Somente as palavras certas se tardam.


Deslize temperamental que muda
Constantemente. 
Não tem pra onde correr.
Descobre na inquietude da
Existência que não há nada a viver,
Mas nada também se tem a perder.


Não pode por muito estar preso
A emoção do querer.

Refugio


Quisera algum dia cavar um poço
O quanto tanto pudesse fundo.
Quisera no mesmo se guardar
De todos os horrores por si ditos.
Quisera nele de tudo fugir.
Fugir de sua própria existência,
Aterrorizado com sua representação
Diante de tantos pensamentos imundos.
Ao que tudo indica ser essa existência
A culpada por mau e nada ser.
Em todas as influencias recebidas
Longa e lenta absorção que o moldou
A forma do "mestre"

Ao qual segue sem haver o
Querer de seguir qualquer...
Transformação desde as entranhas inicias
Derramando o vinho sagrado em sua criação.
Causador dos estigmas presente
No que chama de espírito.
Quão forte dom opressor que não o liberta.
Apresenta belos sorrisos e um mar de
Falsas esperanças de um lar saudável.
Corrompe ao próximo por um segundo,
Para dele resguardar sua cria.
Maldita sensação de que não adianta
Nem mesmo da morte se compadecer.
Somente se jogar no fundo poço e de
Todos os maus desejos se esconder.

sábado, 9 de julho de 2011

Destrutivo

Se acaba aos poucos.
Enforca em sua corda
Do desassossego interminável. 
Destrutivo consumo de sua
Alma podre e inconfiável.


Cerca seus sorrisos mortos
Na pura embriagues da falsa
Negação de si mesmo.
Culpando ao acaso nada,
Ninguém por não ter a que dizer.


Um pouco mais e nada mais.
O que mostra não possuí feição,
Zelo da corrupção feitio febril 
A quem não tem o que oferecer.


Desengana com o pouco que resta
A mente poluída da percepção. 
Que em momento se põem a seu leito 
Esperando a chegada do que se demora, 
A surgir sem compaixão.

Mundo fechado da oposição que o atrai.
Atrai sem ter o que dizer...
Apenas trás na angustia a impaciência, 
Essa o destrói aos poucos sem saber.


Vida vivida
Morte do corpo que tarda aparecer.
Visa o consumir lento e repudiável 
Daquilo que não se tem. 
Ó santa destruição implacável
Que lhe parece piada de mau gosto. 


Sobreposto tudo que joga fora
Para não se compadecer  
Da dor que aflora agora escondido 
No vazio de seu ser ridicularizado por si.
Ao não ter palavra exprime sua sujeira
Relevante a ponto de sua indigência.

"Opium – Diários De Uma Mulher Enlouquecida"

"Farei com que você saiba
Que eu sou um braço do teu Deus,
O próprio Deus.

Eu fui o primeiro ser vivo,
Minha parte superior é impetuosa
Como o sol em raios que dão vida
As almas dos mortos.

O sol é o próprio Deus.

O sol lança milhões em milhões de feixes elétricos.

Inicialmente tudo começou a girar a minha volta,
Enquanto o imenso calor desenvolvido
Se liberta compactado a própria terra.
Isto é, como eu criei a terra e as estrelas
Ganhei o nome de Deus,
Mas o mal reside em minhas células.

Sim! O mal reina no mundo todo.

Para cada pessoa eu tenho um braço invisível
Através do qual eu governo o mundo.
Este braço invisível é que organiza o destino das pessoas,
Cada passo e pequenas ações.

Eu sou o braço do seu Deus."

Visão

Olhar fixo em teto parede
Mistura de figuras varias distorcidas.
Uma visão do inferno o ocorre,
Tenta se livrar das imagens,
Mas sem êxito.
Corre sem do seu lugar sair.
Comprimisse e reprimisse,
Julga necessário a fuga.
Nada adianta, não a para onde fugir.
Sabe se que perdido está.
Somente ele mesmo em sua angustia
Poderá se encontrar.

Cava ao espaço em movimentos
Com as mãos, em uma suavidade
Que o tempo não está para ele.
Sentiu no ardor de sua existência seca
A brutal crueldade em que tal intensifica.
Da-se demais ao imaginar que sua
Procura pode estar em findar
Encontrando a ultima peça
Para que o rito sublime passe a se completar.

E tudo gira, ronda gigante infernal.
Sobe o muro da fragilidade de quem
Não toca noticias de jornal.
Avulsos são os segredos mortais,
Que sua passagem já não passa de estar.
Alvejado por seus preceitos sem igual
Diferisse do mundo que em
Silêncio estagnado refuta suas malditas
Palavras.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Disléxico

E surgindo como nada
Via-se relâmpagos por 
Um caminho tortuoso. 
Escuridão cheia de ternura
Que comove o ser sem esforço.
Esse se deixa distrair e acaba 
Como destruído por si mesmo.
Laços de uma vida passada?
Há que nessa merda exista 
Figuração para outro sentido, 
Vida real ou apenas ilusão.
Não sabe, por não ter da onde 
Encontrar a verdade, mas o sabe. 
Poderá ser o engano da vasta 
Criação doentia que culmina 
Em sua vida. 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Prossigo

Prossigo virtuoso com minha vida pacata.
Paro... Penso... Divago em meu sóbrio
Sonho de quem já não dorme.
Uma busca que não muda,
Pois sei e a cada passo de tempo
Confirmo meu querer.
Não me transforma diferente
De outros por ser intruso da sua vida,
Mas para compensar invasão
Não jogarei palavras em vão.
De tudo que lhe fora ou for dito,
Havendo intensidade na compreensão,
Estará meu ser preparando-se
Para o desconhecido lutar por seu coração.
Sinto o fogo da vida,
Pular de lado a outro,
Clareando com suas belas chamas
Minha sincera devoção por sua pessoa.
Busco em minhas repetidas e fracas palavras 
De alguma forma agradar
A quem tenho honra admirar.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

SOLDADOS

"Não sei armar o que eu senti
Não sei dizer que vi você ali.
Quem vai saber o que você sentiu?
Quem vai saber o que você pensou?
Quem vai dizer agora o que eu não fiz?
Como explicar pra você o que eu quis"
                      
                       Renato Russo/ Marcelo Bonfá

Chega o momento fim

Canso-me de tentar 
Em vão acalmar meu coração.
Mais uma dose em cima do balcão...
Esse é meu café da manhã,
Também me será outras refeições.
E disto... Penso que mereça um fim.
Fim do ser insano que nada diz,
Fala por falar, ama sem ser amado,
Usa palavras que não conhece
E por elas se machuca sem saber
O que tanto faz de errado.
Fim de tudo, pois nada agora me
Faz grado, nem a terapia das palavras.
Tudo me tornas agora de volta ao anonimato.


Entrego-me a chave do esquecimento,
Isso é unicamente o que me resta.
Não ser lembrado e muito menos
Lembrar de qualquer...
Antes desse findar de palavras,
Sendo repetitiva a entrega do esquecimento,
Deixo a afirmação de que a entrega anterior
Era real e abundante explosões de sinais
Em toda minha alma se encontrava.
(Coloco no passado, mas ainda me aflige).
"Minha carne me consome"
E continuara a consumir, pois
Minh'alma não pode estar entregue a sua...

Simplesmente foi desejado algum
Personagem e procurou no psicógrafo
O que sentiu por um fantasma.



06-07-2011


"Medo de que isso seja verdade."
08-09-2011

Duvidas...

Com que tipo de desejo
Estava a lhe dar?
Com que pobre sentimento
Pensou em ter tão pouco?
Isso ao menos fora verdadeiro,
Sendo menor, maior ou igual
Em tamanho ou qualquer outro
Sentido que leve a se comparar,
Até mesmo que possa julgar o meu...
E o meu? O meu sentir, nunca importou?


A que ponto não deixei claro,
Mesmo consentindo que

Não fosse a minha,
Mas sim a sua maneira.
Ainda assim com que força 
Sentisse tal atração. 
E o que buscava descobrir
Sobre a pessoa, ser ou monstro?


Um mundo de confusão lançado
Em minha cabeça.
Culpa minha por aceitar

O que não devo, apenas por uma
Oportunidade que não havia.


Tento pensar, procuro buscando
Em todos os cantos, respostas 
Que nesse momento me 
Fazem necessárias.
E a maior das duvidas 

Chega-me como trovão...


O que leva ter reclamações
Do que vive por tanto tempo.
E por um minuto se arriscar
Por nada, em uma aventura
Que poderia crucificar-te?




06-07-2011