domingo, 4 de setembro de 2011

Cala-se e fala. Fala e cala-se.

São momentos estranhos e sinistros
Dos quais tantos pensamentos tem tomado
O ser e envenenado a alma.
Incontroláveis e perplexos os murmurares
Atravessam a carne com gritos
Escorrendo por toda a face.

Cala-se e fala.
Fala e cala-se.

O corpo cansado da resistência em buscas,
Cai como adoecido entre panos que envolvem.
Nenhuma cura se tem para essa dor...
Dor que se inflama na existência puritana
Da própria existência.

Boca cheia de meias palavras dita sem atenção.
Que na atenção doutro fere quem passa ouvir,
Porque amedrontados todos estão.
Amedrontados inspirando coragem.

Fala e cala-se.
Cala-se e fala.

Nos suspiros que a noite afaga com suavidade,
Acalma tremor que realidade ilusória criara.
Debaixo do teto digno todo dia uma batalha.
Sem armas em punhos ao não ser as mãos
Já calejadas com suor em empreitada.

Defende-se de si mesmo para não sentir culpa.

Cala-se e fala.
Fala e cala-se.

10-08-11

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